terça-feira, 5 de maio de 2015

Sejam sempre homens do presente

O homem deve progredir e elevar-se continuamente, sobretudo aqueles que possuem fé.
Entretanto, quando tocamos em assuntos religiosos, as pessoas costumam julgar-nos antiquados e conservadores. Não podemos negar que essa é uma tendência dos fiéis em geral; porém, com os messiânicos, dá-se justamente o contrário, ou melhor, eles devem esforçar-se para ser o contrário.
Observemos a Natureza. Ela procura renovar-se e progredir constantemente, sem um minuto de interrupção. O número de seres humanos aumenta de ano para ano. As terras vão sendo exploradas todos os anos. Vemos maiores e melhores vias de transporte - obras cuja construção demonstra crescente arrojo arquitetônico - e maquinarias cada vez mais perfeitas. As ervas e as árvores crescem em direção ao Céu. Tudo isso mostra que nada regride.
Ora, se tudo continua evoluindo, é natural que os homens também devam evoluir continuamente, seguindo o exemplo da Natureza. Nesse sentido, eu mesmo faço esforço para elevar-me e progredir cada vez mais; este mês, mais do que no mês anterior; este ano, mais do que no ano passado.
Mas progredir somente na parte material, isto é, nos negócios, na profissão e na posição social, não passa de algo sem base, algo demasiado superficial, como uma planta sem raiz. É indispensável o progresso do espírito, isto é, a elevação da individualidade. Portanto, devemos prosseguir passo a passo, pacientemente, visando à perfeição, principalmente no que se refere à espiritualidade. Com a elevação gradual do espírito, a personalidade também florescerá e, sem dúvida alguma, essa atitude de contínuo progresso conquistará a confiança do próximo, facilitará os empreendimentos e tornará a pessoa feliz.
Os jovens da atualidade talvez encarem estas palavras como moral antiquada e já superada; entretanto, é pondo em ação tais palavras  que as criaturas poderão, verdadeiramente, ficar atualizadas. Os homens que não pensam e não agem assim, desejando evoluir apenas materialmente, ficam estacionados. Não progridem nem são progressistas. Parecem-me antiquadíssimos, observados deste ponto de vista. Seus pensamentos e assuntos são sempre os mesmos, não apresentam nada de especial. Palestrar com essas pessoas não me desperta nenhum interesse, pois elas se limitam a assuntos triviais, não falando de Religião, de Política, de Filosofia e muito menos de Arte.
O ideal seria que todos os fiéis da nossa Igreja se interessassem em progredir e elevar-se cada vez mais. Como visamos a corrigir a civilização errônea e construir um mundo ideal, os messiânicos devem procurar, nesta época de transição do mundo, ser sempre homens atualizados, vivendo em sintonia com o século XXI, que se aproxima.
Eis o sentido do meu costumeiro conselho: sejam homens do presente.

11 de Outubro de 1950

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