sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Bondagem e Cortesia

Bondade e cortesia são as qualidades que mais faltam ao homem da atualidade.
Há um método que nos permite avaliar o nosso progresso na Fé e o nosso aprimoramento espiritual. Primeiro, devemos evitar as desavenças; depois, desenvolver a bondade; por fim, nos tornarmos mais corteses. Se conhecermos alguém com tais atributos, veremos logo que é pessoa polida, que se aprimorou e que possui o intrínseco valor da Fé. Essa pessoa será estimada e respeitada por todos; suas atitudes valerão como uma silenciosa divulgação de Fé; servirá como exemplo de Fé concretizada em atos.
Mas o mundo atual mostra-nos, a todo instante, como é carente dessa bondade e cortesia. Por toda parte, o ser humano vive a esmiuçar os defeitos alheios, odiando e recriminando a toda gente, salientando sempre os seus aspectos desagradáveis. Podemos afirmar que quase não existe cortesia no homem moderno. Há, nele, um requinte de egoísmo, grosseria, espírito calculista e constante desculpa para todos os erros que comete. Não lhe importa ser desagradável aos outros.
Tal procedimento jamais foi liberdade democrática; é um exagero nocivo, um abuso de egoísmo. Em tudo isso, o mais desprezível é que o homem se transforma em delator e perseguidor de seu próprio irmão, porque escasseia o sentido de amor humano. O aumento desse tipo de gente obscurece a sociedade, esfria o relacionamento entre os homens e engrossa a fileira dos desiludidos. Por isso é que os suicídios aumentam cada vez mais.
A verdadeira civilização resultará do crescente número de pessoas que agem conforme o cavalheirismo inglês ou a filantropia americana. Ser fiel às regras morais permite a formação de uma sociedade agradável, onde reina o conforto. Se tal sociedade puder ser criada, o Paraíso será uma realidade para o homem.
No Japão, há um assunto que tem interessado a muitos: a necessidade econômica de desenvolver o turismo. As instalações materiais são importantes; mais importante, no entanto, é a boa impressão que possam ter aqueles que nos visitam. Bondade, higiene e cortesia não custam dinheiro e são elementos essenciais, que atraem os turistas.
A formação desse homem bondoso e cortês depende unicamente da Fé e constitui a diretriz de nossa Igreja, que, nesse sentido, vem se desenvolvendo cada vez mais.

25 de outubro de 1950

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